quinta-feira, 22 de março de 2012

ALFABETIZAÇÃO EM DESTAQUE

Cláudia Pereira dos Santos*-Quinto Período Pedagogia
Faculdades Integradas de Cacoal - UNESC

Após leitura da obra de Emília Ferreiro “Reflexões sobre a alfabetização”, chegamos ao entendimento de que o sistema educacional brasileiro passa por transformações no que se refere à aprendizagem que, a partir de agora, trabalha novos conceitos cujo aspecto fundamental é o de que a criança deve ser o sujeito ativo nesse processo.

Antes, a criança era apenas um objeto a ser manipulado, para o qual o adulto transmitia conteúdos e seus conhecimentos sem considerar o conhecimento já construído anteriormente por ela, bem como sua forma de internalização. O processo de aquisição da escrita era mecânico: a criança aprendia num primeiro momento as letras, depois as sílabas até chegar a escrever e ler palavras e pequenos textos criados a pretexto de alfabetizar.

Após a chegada ao Brasil das idéias construtivistas de Emília Ferreiro, na década de 1980, a opinião da criança, ou seja, o que a criança pensa sobre a escrita, passa a ser fundamental nesse processo cabendo ao professor intervir, com indagações e suposições, que proporcionem o raciocínio da criança, a fim de que ela descubra por si as soluções para suas dúvidas, eliminando hipóteses anteriormente construídas.

A criança faz constantemente relação entre o que já sabe e o que é posta a descobrir, pois a escrita está presente na vida de cada indivíduo de maneira clara e objetiva, nas mais diversas relações estabelecidas, possibilitando a construção desse conhecimento ainda quando se encontra ausente da escola. O que torna sem sentido, então, estabelecer métodos de decoração para esse aprendizado.

É grande a contribuição da obra de Ferreiro para a mudança de foco do processo de ensino em direção ao processo de aprendizagem, o que possibilitou uma reavaliação sobre a forma de atuação docente, uma vez que, ao se referir às práticas educativas, a pesquisadora destaca que o professor deve valorizar o conhecimento prévio do aluno e intervir para que haja a evolução dessa construção, o que se comprova, por meio de pesquisa em sua obra, de uma maneira bem inovadora. Vale a pena conferir.

*Acadêmica do Quinto Período
Faculdades Integradas de Cacoal-UNESC

Referência Bibliográfica

FERREIRO, Emilia. Reflexões sobre a alfabetização. Tradução Horácio Gonzalez. 2ª ed. – São Paulo: Cortez, 1986.





  

 

quarta-feira, 7 de março de 2012

SESSÃO COMENTADA DE CINEMA É REALIZADA PELO CURSO DE PEDAGOGIA


Sessão Comentada de Cinema Sala Juri Simulado-Coordenada pelo Prof. Dr. Luis Mendes

Participação turma Pedagogia-Filme Central do Brasil

Foi realizada no último sábado pelo curso de Pedagogia a segunda sessão comentada de cinema com o filme “Central do Brasil”. Ganhador do prêmio “Urso de Ouro”, do festival de cinema de Berlim, a trama conta a história de uma professora aposentada que ganha a vida escrevendo cartas para analfabetos na maior estação de trens do Rio de Janeiro (Central do Brasil). O filme mostra a realidade do Brasil no final do século XX, caracterizando principalmente as condições de vida no subúrbio de uma cidade grande em um país subdesenvolvido. A massa de migrantes nordestinos, que desde o início do século abandona o sertão em busca de melhores oportunidades na cidade, aumentou o contingente de miseráveis nos centros urbanos, que os tratam como descartáveis, entregando-os ao tráfico e assalto, como alternativas para a sobrevivência. Segundo o prof. Dr. Luís Mendes, organizador do projeto, “a crescente concentração de riqueza, o salário mínimo vergonhoso, o desemprego, o aumento da pobreza e da miséria, a falta de saneamento básico e de assistência à saúde, fazem parte das situações trágicas vividas na carne pela população mais pobre, com a qual nos deparamos em nosso cotidiano, apesar de importantes esforços dos últimos governos para reverter essa situação”.