segunda-feira, 5 de setembro de 2011

DIA NACIONAL DA LIBERDADE DE IMPRENSA



Prof. Nelson Rangel Soares Filho1






Comemora-se no Brasil, neste sete de Junho, o dia da Liberdade de Imprensa. Logo, não poderíamos deixar importante data sem menção.
Na história do país a imprensa sempre atuou, contribuindo com o desenvolvimento, os avanços políticos e a democracia.
Durante o Império a imprensa levou a contra gosto D. Pedro I a criar o partido moderador e promulgar a Constituição de 1824, fato que contribuiu com a questão do poder político na época, moderando o poder do Imperador.
D. Pedro II deixou a imprensa totalmente livre. As críticas dirigidas ao Imperador eram utilizadas por ele como forma de juízo crítico, fundamentando os atos para melhorar a sua atuação. Essa atitude fez com que ele permanecesse como Imperador durante 49 anos, até que a abolição da escravatura fez enfraquecer o Império. A imprensa de controle dos adeptos da República aproveitou o momento para divulgar as idéias republicanas. Mesmo a imprensa adepta ao Império não foi suficiente para barrar a proclamação da República.
Durante a Primeira República a imprensa teve papel fundamental na democratização do país, combatendo a dicotomia política do café com leite, encerrada com a Revolução de 30. Getúlio Vargas assumiu com a proposta de convocar uma constituinte, promulgar uma nova Constituição e convocar eleições gerais. Ele chegou a promulgar a Constituição de 34 e aproveitou de sua popularidade dando o golpe de estado, outorgando uma nova Constituição em 1937 e implantando o Estado Novo.
Assim começa uma nova jornada da imprensa brasileira, que passou a ser censurada. Jornalistas foram perseguidos, jornais fechados e praticados os mais variados métodos para calar os veículos de comunicação, mas não conseguiram. O resultado dessa contribuição foi a queda de Vargas em 45 e o inicio da redemocratização do país, com a promulgação da Constituição de 46 e um avanço a passos largos rumo à democracia.
Quando se pensava na consolidação da democracia brasileira, em 1964, houve o golpe militar. Durante 21 anos a censura novamente tentou amordaçar a imprensa. Neste entremeio veio o Ato Institucional nº. 05 (AI-5), mas ela sempre como o quarto poder, bravamente resistiu a todas as intempéries sobre si. Contribuiu com as diretas já, pois mesmo que a nação não obtivesse eleições diretas, conseguiu que um civil fosse eleito no colégio eleitoral, dando início a uma nova era democrática no país.
A luta, mesmo com a democratização do país instaurada, continua contra a mordaça, a corrupção e as injustiças sociais.
E a favor da reforma política, da democracia plena, do combate à pobreza, a educação de qualidade, saúde, moradia, transporte, lazer e melhoria da qualidade de vida do brasileiro: Salve... Salve... Salve... a imprensa brasileira.



Professor e Coordenador do Curso de Pedagogia-Faculdades Integradas de Cacoal - UNESC

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